domingo, 19 de fevereiro de 2017

História de Israel - Guerra de Independência



Mais um post da série HISTÓRIA DE ISRAEL:

Bibliografia:
Stand With Us.  
Jewish Virtual Library 

Myths and Facts






Guerra de Independência de Israel


A Guerra de 1948, a Guerra de Independência de Israel, foi a primeira de muitas guerras de Israel travou contra os seus vizinhos Árabes.

O plano de divisão das Nações Unidas de 1947 é considerado como a gota final que conduziu à guerra. Como o conflito no território que era então conhecido como Palestina ficou fora de controlo, a Grã-Bretanha, que controlava a área, entregou a questão da Palestina para às Nações Unidas, que formou uma comissão especial para investigar o problema.

A recomendação apresentada era de formar dois Estados separados dentro da Palestina, um Estado judeu, um Estado árabe, e Jerusalém deveria ser mantida como uma entidade internacionalmente controlada. Os judeus que viviam na região aceitaram o acordo, mas os árabes recusaram-no imediatamente. Assim que o plano foi aprovado pela Nações Unidas, em Novembro 1947, a guerra eclodiu em Israel entre as comunidades árabes e judaicas. Estima-se que 2.000 pessoas foram mortas e 4.000 ficaram feridas entre Dezembro de 1947 e Março de 1948.

Durante o conflito, centenas de milhares de árabes deixaram a região, fugindo para a chamada Cisjordânia (a Judeia e Samaria, então controlada pela Jordânia) ou para outros países árabes. Ao contrário do que os críticos de Israel às vezes sustentam, não houve nenhuma política de expulsão da população árabe existente em Israel – na verdade, era suposto que o novo Estado judeu incluísse uma considerável comunidade árabe. 





Embora houvesse incidentes isolados com a Haganah - a força paramilitar judaica que mais tarde se tornou o núcleo das Forças de Defesa de Israel (IDF) - evacuando aldeias árabes, a população árabe fugiu, em grande parte porque antecipava a escalada da violência. Muitos assumiram que iriam retornar assim que os árabes saíssem vitoriosos e  “atirassem os judeus todos ao mar”, uma velha aspiração árabe. Segundo algumas estimativas, mais de 600 mil árabes haviam fugido da região em 1949.



Israel passa à ofensiva

No início de 1948, David Ben-Gurion, líder militar de Israel, que mais tarde se tornaria o primeiro primeiro-ministro do Estado judeu, reorganizou a Haganah, recrutando e treinando todos os homens e mulheres em idade de lutar. 



David Ben-Gurion

Representantes de Israel viajaram para os Estados Unidos, arrecadando 50 milhões de dólares para a causa judaica, que serviu para a compra de armamento básico. O apoio de curta duração da União Soviética ao Sionismo permitiu que Israel fizesse negócios cruciais com armas. A táctica de Israel passou de defensiva para ofensiva.




A Operação Nachson, que rompeu com sucesso o bloqueio dos exércitos árabes em Jerusalém em Abril de 1948, foi a primeira manobra do exército revitalizado. As forças israelitas rapidamente conquistaram muitas cidades, incluindo Tiberias, Haifa, Jaffa e Acre, derrotando decisivamente os exércitos árabes nessas batalhas. A Hagana passou a capturar áreas ao redor de Jerusalém e na Galileia.


Nasce o Estado Judeu



O jornal judaico The Palestine Post dá a notícia da Restauração da Independência do país dos Judeus.


A 14 de Maio de 1948, David Ben-Gurion declarou a Independência do novo Estado de Israel. Com este anúncio, o que tinha sido inicialmente uma guerra civil entre as populações judaica e árabe da região, tornou-se uma guerra internacional. Na noite de 14 para 15 de Maio, cinco países da Liga Árabe - Egipto, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria - invadiram Israel. A sua intenção declarada era criar um estado palestino, alegando que a solução de dois Estados proposta pelas Nações Unidas violava os desejos da população árabe da área.

Os Estados Unidos e a União Soviética condenaram a invasão árabe. Em 28 de Maio de 1948, as Forças de Defesa de Israel foram oficialmente formadas, combinando as forças de forças paramilitares judaicas que existiam na época, incluindo a Haganah

Começaram intensos combates entre as Forças de Defesa de Israel e a Liga Árabe. Os combates mais pesados, na estrada para Jerusalém e Tel Aviv, ocorreram entre as Forças de Defesa de Israel e as forças jordanas. O Bairro Judeu da Cidade Velha de Jerusalém caiu na posse dos jordanos.


As consequências


ISAÍAS 54-7: Por um pequeno momento Eu te deixei (Israel, Oséias 3-4), mas com grande misericórdia te recolherei.

Durante o ano de 1949, Israel assinou acordos de armistício separados com os países árabes. As novas fronteiras de Israel abrangiam cerca de cinquenta por cento mais terras do que lhe tinham sido atribuídas sob o Plano de Partição das  Nações Unidas, e que os Estados árabes haviam rejeitado. A Jordânia ocupava a Judeia e Samaria (vulgo Cisjordânia) e o Egipto ocupava a Faixa de Gaza, e essas linhas de cessar-fogo passaram a ser conhecidas como a "Linha Verde".



Israel após o Armistício: A área a verde (Judeia e Samaria) ficou sob controlo da Jordânia. A área a azul (Gaza) ficou sob controle do Egipto. A área a castanho claro passou a constituir o território de Israel. Mapas pormenorizados AQUI.

Para se ter uma perspectiva da pequenez de Israel, mais um mapa que mostra Israel no meio de alguns dos seus vizinhos árabes e islâmicos.

As perdas de Israel na Guerra pela Independência foram registadas em aproximadamente 1% de sua população - 6.373 pessoas, das quais aproximadamente 4.000 eram soldados. O número de perdas árabes é estimado em 10.000 e 15.000 pessoas. A demografia do Médio Oriente foi substancialmente alterada. 

Aproximadamente 750.000 árabes fugiram. Cerca de 10.000 judeus foram forçados a fugir durante esse ano, e nos anos seguintes, cerca de 700.000 judeus estabeleceram-se na Terra de Israel, a maioria deles judeus deslocados durante o Holocausto e judeus fugidos dos países árabes, na esteira da vitória de Israel. 850 mil judeus que viviam em países árabes tiveram que fugir.


Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; e livrá-las-ei de todos os lugares por onde andam espalhadas, no dia nublado e de escuridão.  
E tirá-las-ei dos povos, e as congregarei dos países, e as trarei à sua própria terra, e as apascentarei nos montes de Israel, junto aos rios, e em todas as habitações da terra.  
Em bons pastos as apascentarei, e nos altos montes de Israel será o seu aprisco; ali se deitarão num bom redil, e pastarão em pastos gordos nos montes de Israel.  
Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor DEUS.  

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